quinta-feira, 15 de abril de 2010

Eu e capitã Uniqua


Madrugada de sexta-feira, uma e pouco da manhã e eu aqui, sozinho, nesse apê que, para quem morava numa quitinete, é o mundo inteiro. Minhas mulheres estão na casa da avó. A mais velha entre as donas da casa tem cabeleireiro hoje cedo e, ou é perto da casa da mãe dela ou vai até a casa da mãe dela para mexer nas madeixas. Algo assim. Enfim, sobramos eu e a capitã Uniqua, a pirata do tapa-olho, um bicho rosa dos Backyardigans que ainda não descobri à qual espécie pertence.

JL gosta do boneco, definitivamente. Mas, ao menos por enquanto, ela parece apreciar mais as brincadeiras interativas com seres humanos. É aí que a pequena dá gargalhadas. Foi assim alguns dias atrás, quando minha irmã espirrou perto da baixinha, que adorou. Daí para uma sequência de espirros falsos foi um pulo. E, a cada "atchim!", uma nova risada, daquelas super gostosas. Tive que pedir para minha irmã interromper a gripe suína fake para JL recuperar o fôlego. Outro surto de risadas se deu mais recentemente. Priscila fez aquele som característico de pum com a boca e pronto, Julia adorou.

O bom humor de JL é contagiante. Claro que ela chora, e muito, às vezes. Claro que ela reclama quando está com fome, com sono, quando uma nova colherada da papinha demora mais do que 2,8s para chegar a sua boca, mas o semblante alegre da nossa filhota é uma recompensa inigualável. É a resposta para a questão: "Será que estamos fazendo a coisa certa?"

Por falar em papinha, aos cinco meses recém-completados Julia Leticia já mama não só o leite, os sucos variados e come a papinha de frutas como também passou a ingerir um creme de legumes que, segundo o pediatra, tem de ganhar ingredientes dia a dia até virar uma refeição mais do que completa. Para quem acha que bebês dão mais trabalho quando são recém-nascidos, mamam o tempo inteiro e sentem cólicas, é bom ir se preparando. Cada vez mais eles se tornam pessoinhas mais complexas, com mais vontades e preferências. É a personalidade se moldando.

terça-feira, 16 de março de 2010

Mudanças em alta velocidade

Fico boquiaberto com a velocidade das mudanças que ocorrem em um bebê. Num dia, a pequena JL (ao estilo MJ, de Mary Jane, a mulher do Peter Parker) não vocalizava muita coisa - a não ser, claro, o choro para mamar. De repente, começa uma conversa muito doida sempre após o banho, que ela adora, por sinal. Então, de uns dias para cá, a vocação feminina parece realmente ter aflorado. Haja papo! Eu e mamãe Priscila temos tido longas conversas com bebê-preguiça. JL fala "gagagabububrrrrnhenehe" e nós, os pais babões, viramos pais bobões, inventando papos imaginários.

Mas é muito interessante observar que a complexidade das vocalizações aumenta diariamente. Às vezes, chego a jurar que JL vai, de fato, dizer alguma palavra.

Outra coisa que impressiona é que, a essa altura do campeonato, a JL com quatro meses de vida já vai mostrando traços de sua personalidade. E de malandragem, também. A tosse fingida ao não querer mais o suco, hoje de manhã, foi fantástica. Morremos de rir. Era encostar a mamadeira na boca e, pronto, JL dava uma tossidinhas como se estivesse engasgando. Foi a primeira vez que percebi isso. Comédia.

Essas mudanças repentinas me deixam um pouco triste. Afinal, na maioria das vezes, não estou em casa para vê-las pela primeira vez. Como na semana passada, quando a bebê-babú (explico mais à frente) descobriu que era capaz de agarrar os pés. Essa era uma das cenas mais aguardadas pelo papai aqui. Sempre adorei ver bebês segurando os pezinhos, com aquela flexibilidade absurda, e colocando-os na boca. JL ainda não os coloca na boca, mas, se enquanto eu escrevo este texto ela o fizer, não vai me espantar nem um pouco.

Ah, sim. Bebê-babú, primeiro, era bebê-macaca, por conta da flexibilidade. De macaca, passamos para babú, que nada mais é do que babuíno, "a designação genérica para antropóides cercopitecídeos do gênero Papio e afins, caracterizados pelo focinho pontudo, caninos grandes, bochechas volumosas e calosidades nas nádegas", segundo a Wikipédia. E, assim, encerro mais um capítulo de como surgem os mais absurdos apelidos aqui em casa.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Resumão

Nossa, quanto tempo! Esses últimos quase dois meses foram tão corridos que acabei esquecendo o blog. E a mamãe, totalmente dedicada a nossa princesa, também não conseguiu arranjar um tempinho para atualizar isso aqui. Mas hoje o companheiro Breno Fortes, aqui do Correio, cobrou atualizações e resolvi atendê-lo, mesmo que para isso tivesse que escrever do meu computador na redação. E durante a estreia do Flamengo na Libertadores!

Aqui vai um resumão do que aconteceu desde o réveillon. Os armários do apartamento novo foram instalados, apesar de vários problemas na montagem. Quarto da Julia Leticia, closet, cozinha e banheiros ficaram prontos, com ressalvas. Compramos ainda mobília para o escritório e a sala, ferragens para os banheiros, eletrodomésticos. As cortinas estão nos devidos lugares. Semanas após semanas, fiquei manhãs inteiras e tardes quase inteiras acompanhando montadores, recebendo produtos, pesquisando preços. Tudo-junto-ao-mesmo-tempo-agora. E Priscila, claro, cuidando da baixinha.

Depois de muitas dores de cabeça, de muitos dias chegando atrasado ao trabalho, de muitos litros de gasolina consumidos por meu carro beberrão, conseguimos nos mudar. Primeiro, eu. Depois, as pequenas. Ainda faltam algumas coisas, como o sofá da sala que chega amanhã, mas já estamos bem instalados no nosso lar. Pelo menos amor não falta.

Agora deixem-me voltar ao jogo do Flamengo que o Vágner Love acabou de perder um pênalti! Amanhã eu volto para contar as peripécias da tinina sorridente, do bebê preguiça, da menina giratória.